“- Como te estás a sentir?
– Eu estou bem!
– Não como estás, mas com te estás a sentir?”
Por que evitamos falar das emoções? Falar sobre os sentimentos pode ser complicado, seja no local de trabalho ou no meio familiar.
Por exemplo, numa reunião de trabalho, há muito stress, a maior parte da conversa é sobre o que as pessoas estão a fazer e a pensar, e não sobre o que as pessoas estão realmente a sentir.
No protocolo da comunicação ocupacional, trocar informações sobre os projectos e os pensamentos é a regra, mas sobre os sentimentos é excepção.
Os sentimentos são extremamente importantes: eles dão cor às experiências, despertam pensamentos e até impulsionam o comportamento, a partilha mútuo dos sentimentos cria empatia e intimidade nos relacionamentos íntimos e amorosos.
Os sentimentos podem permitir uma compreensão valiosa quando partilhados e podem causar mal-entendidos quando não o são. Por exemplo “Só percebi quando me explicas-te o motivo do teu silêncio, pensei que estavas com raiva de mim, e não triste com outra coisa!”.
Tal como os nossos sentidos nos sensibilizam para nós mesmos e para o nosso meio, também as nossas emoções , comunicam connosco. Podemos reconhecê-las como o nosso Sistema de Consciência Afectiva que direciona a atenção para algo significativo que acontece no nosso mundo interno ou experiências externas.
Por exemplo: no lado bom; a esperança pode ser sobre a possibilidade positiva, o amor pode ser sobre atracção, a curiosidade pode ser sobre o interesse, e lealdade pode ser sobre dedicação.
No lado do mau do pressentimento, podemos ser menos receptivos ao que nos é dito.
Por exemplo: o medo pode ser sobre o perigo, a raiva pode ser sobre violação, a frustração pode ser sobre o bloqueio, e o luto pode ser sobre a perda.
A comunicação emocional na família, é de extrema importância, se desde cedo a criança aprender a verbalizar as emoções e a honrar os seus sentimentos, eles não ditaram as suas acções impulsivas.
Uma criança que aprende comunicar as suas emoções, sente-se mais segura e consegue fortalecer a auto estima. Para a criança poder comunicar tem de ter vocabulário emocional, e sentir que é seguro comunicar qualquer emoção.
A comunicação é a chave para uma boa conexão e ligação entre as pessoas, comunique a partir do seu interior, expresse as suas emoções. Não deixe que o acumular das emoções se tornem em comportamentos impulsivos, agressivos e auto destrutivos.