A rápida disseminação das novas tecnologias e das mudanças que elas trazem à sociedade estará a fragilizar os laços sociais?
É importante refletirmos sobre a influência dos avanços tecnológicos no comportamento, nos valores e nas relações sociais na sociedade atual.
A tecnologia avança e avançam as formas de comunicação, e com elas mudam também as nossas relações pessoais e familiares, ainda que possamos tirar benefícios a sociedade poderá estar a prejudicar-se. Se por um lado nos aproximamos e reencontramos pessoas que estão longe, também podemos nos estar afastar das pessoas que estão ao nosso lado, pois passamos mais tempo num mundo virtual que no mundo físico.
Como resultado também surge a dependência aos aparelhos tecnológicos, nomeadamente o telemóvel, que activa a necessidade compulsiva de ao acordar a primeira coisa a ser feita é ligar o telefone, iPad o que estiver na frente para ver e-mails, Facebook, relatórios, etc.
Se não trabalha com internet mas usa e abusa dela, já pensou como seria a sua vida sem um mês de facebook, Youtube? O que seria dos meios de comunicação sem internet?
É difícil de pensar em algo que não use internet hoje em dia. E você, já pensou o que seria se não existisse internet? Como seria as suas relações sem redes sociais?
Se os aparelhos tecnológicos desaparecessem, essas relações desvaneceriam no tempo por não serem cultivadas além dos meios tecnológicos. Além disso, a quantidade de relações estabelecidas através das novas tecnologias, não existem na prática e passam apenas por alimentadores de egos, como é o caso dos likes nas redes sociais.
O uso do computador e da Internet influenciou significativamente as relações humanas, no entanto, nenhuma outra forma de comunicação pode ser considerada mais natural e saudável do que aquela que acontece cara a cara.
Cada vez mais o homem tende a relacionar-se de uma forma superficial e criar laços menos duradouros. É urgente reflectir sobre o uso abusivo das novas tecnologias, para que as relações não sejam facilmente descartáveis, é importante reflectirmos sobre o nosso papel nesta sociedade de intensas transformações.
Devemos ser críticos quanto à forma como nos relacionamos com os outros e priorizar laços mais duradouros e reais.
Navegar é preciso, viver também!
