Quase todos nós já passamos por surtos de insónia. Pode acontecer a qualquer pessoa, isto é o peso de ser humano e ter a capacidade de preocupar-se com o futuro e ruminar o passado.
No entanto, a insónia patológica, é marcada pela dificuldade em adormecer, não ter um sono longo, ou acordar regularmente demasiado cedo.
A insónia tem efeitos no humor, bem como no estado de alerta. É também um sintoma clássico da depressão.
A receita mais rápida e menos eficaz a longo prazo são os “comprimidos mágicos”, efectivamente melhoram o sono e o estado de alerta no dia seguinte, mas a longo prazo, tende a diminuir o efeito ou criam habituação.
Mas a melhor maneira de lidar com as insónias é não fazer nada, o mecanismo do sono tende a auto regular-se, se for dada a oportunidade.
Um dos tratamentos mais eficazes para a insónia são as técnicas cognitivas comportamentais que eliminam a ansiedade que perturbam o sono e permite que o ciclo do sono do próprio corpo seja restabelecido.
As causas da insónia são múltiplas.
O stress é a principal causa, mas também as condições físicas podem explicar a insónia, como apneia do sono, tiróide hiperactiva, problemas gastrointestinais, como o refluxo gastro esofágico.
A falta de actividade física durante o dia pode interferir com o desejo de dormir. O abuso de substâncias também pode ser um grande disruptor do sono.
A insónia ocorre com mais frequência em resposta a como as pessoas lidam com uma noite ruim ou com algumas noites ruins de sono. As pessoas muitas das vezes tentam compensar um breve período de insónia dormindo mais tarde, ou tirando uma sesta ou indo para a cama cedo.
Mas estas acções apenas diminuem a pulsão natural do sono ou causam uma vigília mais precoce. Como o cérebro ansioso aprende rapidamente a associar o quarto à vigília, um ciclo autodestrutivo assume vida própria.
Algumas pessoas estão mais propensas à insónia devido a factores ambientais, como o trabalho por turnos. As pessoas que não estão em exposição suficiente à luz do sol durante o dia também podem ter problemas para dormir. A assim como beber muita cafeína ou aquecer muito o quarto também podem interferir no sono.
A insónia pode-se apresentar de várias maneiras diferentes. As pessoas que sofrem de insónia acham difícil adormecer, acordam frequentemente no meio da noite e têm dificuldade em voltar a dormir, acordam demasiado cedo ou acordam e sentem-se cansadas. A insónia pode causar fadiga durante o dia e reduzir os níveis de energia, dificuldade em prestar atenção e concentração, problemas de memória e problemas para realizar tarefas rotineiras.
Mas acima de tudo, a insónia afecta o humor. A perturbação patológica do sono parece ser o maior desencadeador da depressão e irritabilidade.
A insónia patológica responde bem aos tratamentos da terapia cognitiva comportamental, que visam eliminar a ansiedade e interromper os comportamentos que acabam piorando e perpetuando a condição.
A terapia cognitiva comportamental tem como alvo os pensamentos e acções que perturbam o sono. Pode incluir o treino de relaxamento para reduzir a ansiedade. Ele concentra-se em estabelecer um horário do sono que restringe o tempo que a pessoa passa na cama acordada.
Todos os tratamentos eficazes para insónia incentivam a “boa higiene do sono”. A boa higiene do sono é imperativa. É preciso ir dormir e acordar todos os dias à mesma hora, aprender a meditar e a praticá-la antes de dormir, fazer exercícios diários, limitar o consumo da cafeína e restringi-la às horas da manhã, evitar o álcool e manter o quarto escuro e fresco.