A inteligência emocional é a base do desenvolvimento pessoal, são as nossas emoções que controlam as nossas decisões e são as nossas decisões que definem o resultado da nossa vida. Já todos fizemos coisas impensáveis e dissemos coisas que nunca imaginamos poder dizer e que magoam as pessoas à nossa volta. E porquê? Porque estamos emocionalmente alterados, com as emoções à flor da pele. Este é um facto, uma verdade incontestável, se são as nossas emoções que definem como vai ser a nossa vida, precisamos de ganhar ferramentas para as trabalhar. Se treinarmos a nossa inteligência emocional, vamos melhorar drasticamente a nossa vida.
Então, o que é inteligência emocional?
Apesar de não haver uma definição única, podemos referir que a é a capacidade de sermos inteligentes com as nossas emoções e termos a capacidade de reconhecer e gerir as nossas emoções e as dos outros.
Todas as decisões são tomadas primeiro de forma emocional e só depois de forma racional, é uma dança entre o nosso cérebro racional e nosso cérebro emocional, e é desta interacção que resulta a inteligência emocional.
O stress do dia-a-dia, a vida pessoal, a vida familiar e os acontecimentos negativos que vão surgindo ao longo da vida requer um domínio social e emocional, que se não for treinado e trabalhado irá gerar resultados desastrosos.
Para as crianças e jovens, este desafio – inteligência emocional, torna-se ainda maior, porque a parte do cérebro racional só vai estar completamente desenvolvida por volta dos 25 anos de idade. É por isso que algumas das decisões parecem imaturas, irracionais. A prática da inteligência emocional irá ajudar a enraizar atitudes, comportamentos e hábitos de sucesso para a vida. A inteligência emocional pode ajudar na forma como a criança lida com a frustração, com impulso agressivo, a raiva, e outros sentimentos negativos, promovendo a aprendizagem de comportamentos mais saudáveis e uma atitude mais assertiva, para atingir melhores resultados a vários níveis da sua vida.
Algumas competências pelo treino de inteligência emocional:
– Autoconhecimento – entender as próprias emoções e sentimentos
– Autocontrole – conseguir ser protagonista e não refém das próprias emoções
– Empatia – conseguir se perceber na posição do outro
– Negociação de conflitos – conseguir buscar uma solução onde todos ganham, ainda que cada um tenha que ceder um pouquinho.
– Automotivação – conseguir usar todas as suas energias em prol de seus objetivos.
Mas será possível, aprender novas tarefas e alterar velhos hábitos? Ou morremos tal como nascemos, que é tudo genético? Está provado que a genética influencia mas não determina. Há situações em que o stress se acumula e dura mais tempo do que o tempo normal, o que obriga o corpo a estar em constante alerta, o que não permite a sua recuperação. A permanência neste estado faz com que o stress se torne crónico, manifestando-se através problemas físicos e mentais.
Temos escolha de mudar a forma como o nosso cérebro processa a informação, a forma como encaramos a vida e como nos sentimos. Precisamos de aprender a lidar com as nossas emoções e pensamentos, para que consigamos cumprir correctamente o ciclo e recuperar da emoção que nos desgastou, de maneira que não fiquemos doentes.
As emoções e os pensamentos são como nuvens, vêm e vão.