Medite mesmo que “não possa meditar”

Os sentimentos são agitados pelas emoções – o medo, a raiva, a ansiedade etc. Elas saltam do nada, pega nos pelo pescoço e começam a arrasta-nos para um fosso. Mas não precisamos de ir com elas. Temos a oportunidade dizer “Não, pára”.

Lembre-se que não é os seus sentimentos, eles apenas estão acontecer dentro de si. É útil olhar para eles de outra perspectiva, um pouco mais distante, como se estivesse do outro lado da rua observar-se a si mesmo, em vez de se afogar na areia movediça dentro de si.

A meditação/mindfulness é muito útil para isso, simplesmente implica sentar-se ou deitar-se em silêncio, examinando o seu corpo com a sua mente e observando os seus pensamentos e as sensações corporais sem julgar – como se estivesse assistir a um cenário de um carro que passa. Permita-se a estar consciente, trazendo para mais atenção ao momento presente e familiarizando-se com as sensações e sentimentos corporais.

A meditação/mindfulness ajuda-o a abordar os sentimentos negativos intensos, como se fosse um “turista” – observando o que está acontecendo ao invés de impulsivamente reagir a ele. Isso dá-lhe algo importante – o tempo – que dá a oportunidade de obter uma resposta mais assertiva a determinadas situações. Talvez esteja convencido que meditar não é para si, que não consegue se concentrar e que a sua mente vagueia sem controlo, mas é o que a mente faz vaguear, o importante é que perceba o pensamento e traga a sua mente de volta, de volta para o momento “ pense, murmure “ mas foque a sua mente no corpo, desde das pontas dos pés até à nuca. Não julgar a sua mente errante é uma forma de auto-aceitação. E ai acontece a magia, perceber que ao invés do pensamento o flagelar, ajuda a ter o hábito de testemunhar os seus sentimentos – em vez de entrar em pânico de tê-los, você controla os no devido momento.