Mude as suas crenças, mude a sua vida

As nossas crenças, assim como o nosso comportamento, servem para nos enviar sinais sobre nós mesmos.

A emoção como o medo, a ansiedade, a raiva, a frustração muitas das vezes leva-nos a dizer e a fazer coisas que são o contrário do nosso interesse. 

Daí a importância de parar e interromper a reacção emocionalmente reactiva, e pensar um pouco sobre o que estamos a sentir e tomar uma decisão, evitando que a resposta reactiva nos afaste por vezes dos nossos objectivos.

Isso pode parecer difícil. Afinal, quem quer parar e pensar: “O que estou prestes a fazer ou dizer realmente é do melhor interesse para mim?” A maioria das pessoas preferem seguir os seus impulsos.

É tão difícil mudar, porque todos lutamos contra os nossos hábitos e crenças. Os hábitos são todas as coisas que faz para se sentir confortável e reduzir a ansiedade. 

Por exemplo: O “José” (nome a título de exemplo) sai do trabalho e chega a casa liga a televisão, senta-se no sofá e bebe umas cervejas por horas. Sem este hábito poderia se sentir irritado, tenso e ansioso. Mas por outro lado, queixa-se de não ter uma namorada. 

Bem, beber cerveja e assistir por horas televisão não vai levá-lo mais perto do seu (suposto) objectivo.  

Mas mesmo que realmente queira mudar o seu comportamento habitual, as suas crenças o mantêm preso. O “José”, como todo mundo tem um complexo sistema de crenças que actua como o software que administra a sua personalidade e determina os seus comportamentos.  O “José” pode acreditar que “os relacionamentos sempre falham de qualquer maneira”, então porque se incomodar.  

Talvez tenha visto os seus pais a  divorciarem cedo e a nunca terem alcançado sucesso nos relacionamentos, então ele acredita  (inconscientemente) que é um objectivo impossível.  

Mesmo que ele tentasse se relacionar com uma mulher, não daria certo.  Então, ele bebe ara amenizar a ansiedade da solidão .

Os hábitos e crenças trabalham juntos, num pacote imutável.

A personalidade é composta por complexo sistema de crenças interligadas, começando com a Mãe de todas elas: a auto-estima.  A forma como pensa sobre si mesmo (se vê como valioso, competente, atraente, inteligente , etc.) está apenas parcialmente conectado à realidade actual.  A maior parte da sua auto-estima é o que você inventa sobre si mesmo e acredita ser verdade . 

Na verdade, pode não ser.  O exemplo mais clássico é Marilyn Monroe, que acreditava ser desinteressante.

A maioria de nós conhece alguém que age com segurança, independentemente da sua atracão “factual”. Essas pessoas agem com confiança porque o seu sistema de crenças interno lhes diz que são competentes e, portanto, atraentes.

No nível individual, a mudança real só pode acontecer quando reconhece que é sua responsabilidade sentir, pensar e agir de maneira diferente.

O mesmo é verdade para a sociedade em geral. A razão pela qual é tão difícil fazer uma mudança social ou política significativa é porque um grande grupo de pessoas acredita que não é possível nem desejável.  

Por exemplo, uma crença comum é que “o governo é o problema”. Bem, essa crença bloqueia quase todo o progresso. E bloqueia todo o progresso para os indivíduos também, até que nós simplesmente decidimos mudar.

Iniciar um novo conjunto de crenças e hábitos.